Nos últimos anos, o varejo alimentar tem buscado novas formas de fidelizar clientes e aumentar a rentabilidade. Uma estratégia que vem ganhando espaço nos supermercados é a criação do próprio cartão de crédito.
Essa iniciativa, comum em grandes redes de varejo não alimentar, começa a se consolidar também no setor supermercadista. Porém, surge a dúvida: vale a pena adotar esse modelo?
Para que o cartão de crédito da rede seja realmente vantajoso, é preciso ir além do desejo de acompanhar tendências. É necessário avaliar o perfil do público, integrar o novo meio de pagamento aos sistemas internos, cumprir normas regulatórias, investir em tecnologia e segurança, além de planejar uma estratégia de lançamento robusta e preparar a equipe para orientar os clientes.
Entenda, no texto a seguir, quais são os principais benefícios e pontos de atenção ao adotar esse tipo de estratégia.
Vantagens do cartão de crédito próprio para o supermercado
O setor supermercadista é um dos mais competitivos do varejo. Preço e conveniência continuam sendo diferenciais relevantes, mas fidelização e experiência de compra vêm ganhando espaço na disputa pela preferência do consumidor.
O Índice de Fidelização e Engajamento do Varejo (IFEV), da Rock Encantech, revelou que o ticket médio do público fidelizado é mais elevado do que o dos não fidelizados em supermercados de todos os portes.
No atacarejo, durante o mês de maio de 2025, por exemplo, o ticket médio dos fidelizados foi de R$ 366,91, contra R$ 179,01 dos não fidelizados.
Porém, os benefícios vão além da fidelização dos clientes e do aumento do faturamento.
Ampliação da base de clientes
Como os cartões de crédito das redes supermercadistas são menos burocráticos, consumidores com menor poder aquisitivo encontram neles a solução para continuar consumindo.
Oferecer o próprio cartão, nesse sentido, permite ampliar a base de clientes nas classes C, D e E.
Fortalecimento da marca
Ao oferecer cartão de crédito próprio, o supermercado trabalha no fortalecimento da sua marca. É uma demonstração de segurança e de “poder” daquele estabelecimento aos olhos do cliente: “olha, tem até o cartão próprio”.
O sentimento de admiração pela marca se torna mais forte e mais fixado na mente dos consumidores.
Desafios do cartão de crédito próprio
A implementação de um cartão de crédito próprio também inclui desafios que devem ser considerados pelo varejista. Um deles é cumprir todas as normas regulatórias desse tipo de operação.
Além disso, o setor de meios de pagamento é um dos alvos preferidos para fraudes digitais. Por isso, qualquer rede que adote um cartão precisa investir fortemente em segurança e garantir todas as conformidades da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Isso não só protege os clientes, mas reduz os riscos de perda financeira e danos à reputação da marca.
Conhecimento do público é a chave

Antes de lançar um cartão de crédito, é indispensável conhecer o perfil dos clientes da rede. Isso porque o sucesso do produto depende diretamente da adesão do público.
Uma das informações mais importantes é se o cliente está habituado a utilizar cartão de crédito ao fazer suas compras. Essa informação pode ser obtida caso a marca tenha um CRM para centralizar esse tipo de dado.
Outra ferramenta que pode ajudar o varejista a tomar essa decisão é a inteligência de mercado. Com ela, é possível identificar se os concorrentes que estão na mesma região utilizam essa mesma estratégia e também conhecer o perfil socioeconômico dos moradores que vivem dentro da área de influência.
O supermercado também deve analisar se o público valoriza mais benefícios financeiros (como descontos) ou vantagens práticas (cashback, programa de pontos etc.).
Se os clientes forem mais sensíveis a preço e menos acostumados a linhas de crédito, pode ser mais estratégico investir primeiro em programas de fidelidade tradicionais ou no fortalecimento do CRM.
Integração
Outro ponto crítico é a integração tecnológica. O cartão de crédito da rede não pode funcionar de forma isolada; ele precisa estar conectado a todos os sistemas já utilizados pelo supermercado.
Essa integração é o que permite oferecer benefícios automáticos, registrar dados de compra de forma inteligente e até permitir parcelamentos diferenciados em determinadas categorias.
Sem esse alinhamento tecnológico, o cartão corre o risco de se tornar apenas mais um meio de pagamento, sem de fato agregar valor real para o negócio.
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Saber o perfil dos seus clientes e as preferências de consumo de cada um deles é fundamental para se manter competitivo no varejo alimentar. Com o CRM da Rock Encantech, o varejista pode ter acesso a essas informações e muito mais.
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