Customer Insights 1º Trimestre de 2025 do Varejo Alimentar

Customer Insights

No primeiro trimestre de 2025, o varejo alimentar apresentou crescimento de 2,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi puxado principalmente pelo aumento do preço médio dos produtos e do ticket médio das compras, mesmo diante da queda na quantidade de itens por transação. O destaque ficou por conta dos consumidores fidelizados, cujo faturamento subiu 13,3%, refletindo o impacto positivo dos programas de relacionamento. Os dados do IFEV confirmam essa tendência, com alta expressiva no ticket médio tanto em supermercados quanto no atacarejo, consolidando a fidelização como uma alavanca estratégica para o setor.

O desempenho dos supermercados compactos também chamou atenção, com alta de 4,1% no faturamento, impulsionado pela procura por praticidade. No recorte mensal, janeiro teve desempenho superior, enquanto março foi mais tímido devido ao adiamento da Páscoa para abril, o que alterou o padrão de consumo sazonal. Esse tipo de variação no calendário evidencia como eventos específicos podem impactar diretamente o fluxo de compras no varejo alimentar. Além disso, o contexto macroeconômico instável — com inflação, clima extremo e câmbio volátil — trouxe sinais de retração no consumo, exigindo maior resiliência e adaptação do setor.

A análise por categoria de produtos revelou mudanças importantes no comportamento do consumidor. O café em pó, por exemplo, saiu do ranking dos 25 itens mais comprados após registrar aumento de 77,7% no preço médio. Outros produtos com alta significativa incluem óleo de soja, frios e carnes, enquanto itens como salgadinhos, feijão e FLV (frutas, legumes e verduras) apresentaram forte queda de preço e, possivelmente, de demanda. Esse movimento indica um consumidor mais sensível a preços, que realoca seu orçamento de acordo com o valor percebido dos itens.

Por fim, os dados de comportamento por horário revelam padrões distintos entre formatos de loja. Supermercados menores têm maior fluxo pela manhã e fim da tarde, refletindo compras de conveniência, enquanto grandes lojas e atacarejos concentram movimento no fim do dia. O atacarejo, especificamente, tem pico entre 13h e 16h, muito ligado ao público de transformadores e pequenos revendedores. Para o segundo trimestre, há expectativa de recuperação puxada pela Páscoa em abril, mas o cenário exige estratégias flexíveis e foco em fidelização para enfrentar a seletividade crescente do consumidor.

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