O setor de produtos voltados para pets representa uma grande oportunidade para o varejo alimentar. A categoria vem se tornando peça-chave para os supermercados em meio às transformações demográficas.
Segundo o Governo Federal, o Brasil possui aproximadamente 62,2 milhões de cães e 30,8 milhões de gatos. Porém, estimativas não oficiais apontam que o número de pets possa ter ultrapassado a casa dos 160 milhões, representando a terceira maior população de animais de estimação no mundo.
Embora haja competição com pet shops, trabalhar de forma estratégica os produtos pets pode ser um diferencial importante para a loja fidelizar o consumidor e aumentar o ticket médio dos shoppers. Saiba como no texto a seguir.
Transformações demográficas
O Brasil vem passando por uma série de transformações demográficas. Segundo dados do último Censo, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país vem registrando quedas no número de nascimentos há quatro anos seguidos, atingindo o menor patamar desde 1977.
Diante da redução do número de filhos por família, o mercado pet ganha cada vez mais espaço. Não é incomum ver, nas redes sociais, pessoas celebrando o aniversário de seus bichinhos de estimação e os tratando como verdadeiros filhos, gerando uma demanda crescente por produtos voltados para cães e gatos.
Esse tipo de mudança não se restringe apenas ao consumo no varejo. Estabelecimentos como shoppings vêm flexibilizando suas regras para se tornarem “Pet Friendly”, permitindo que os clientes possam levar seus pets para as lojas.
Isso demonstra que, mais do que praticidade, os tutores de pet esperam que as lojas proporcionem um ambiente acolhedor para eles e seus bichinhos, em conjunto com uma experiência de compra positiva.
Como o varejo pode se beneficiar dos produtos pets
A cesta de produtos consumidos por proprietários de pets é diversificada e inclui itens como ração, produtos para higiene e brinquedos. Ter um mix adequado é o primeiro passo para impulsionar a categoria.
Vale ressaltar que muitos consumidores estão acostumados a comprar produtos voltados para pets em pet shops. Por conta disso, outros varejos, como o supermercado, devem divulgar, tanto no PDV quanto nos meios digitais, que possui esse tipo de produto.
A ideia é fazer com que o consumidor fique habituado a comprar produtos para os pets junto com suas compras tradicionais no supermercado. A longo prazo, esse tipo de ação pode elevar o ticket médio por consumidor.
O papel do CRM na ativação de clientes
O CRM (Customer Relationship Management, ou Gestão de Relacionamento com o Cliente, em português) é um conjunto de práticas e tecnologias focadas no relacionamento de uma marca com seus clientes.
Em outras palavras, o CRM é um banco de dados dos clientes e, para funcionar com o máximo de potencial, precisa ser abastecido com informações. Para isso, o varejista pode oferecer algum tipo de vantagem ou benefício. Por exemplo, o shopper pode ter 15% de desconto em determinado produto se fizer o cadastro no aplicativo da marca.
A partir desses dados, o varejista conseguirá compreender o comportamento de consumo dos seus clientes e formar clusters baseados em perfis. Um desses grupos pode ser justamente o de shoppers que compram produtos pets.
Ao identificar quem são os clientes que fazem esse tipo de compra, o supermercado poderá enviar ofertas exclusivas para esses itens. Esse tipo de ativação personalizada melhora a experiência de compra para o consumidor e promove a fidelização.
Impacto da fidelização
Você sabia que clientes fidelizados tendem a consumir mais do que os não fidelizados? Esses insights foram revelados no Customer Insights da Rock Encantech do 1º trimestre do varejo alimentar.
No atacarejo, por exemplo, consumidores fidelizados registraram um ticket médio entre R$ 369 e R$ 374 no 1º trimestre de 2025, enquanto os não fidelizados movimentaram apenas entre R$ 176 e R$ 180.
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